Como é que fica na chuva?
Quando chove durante uma prova de rally, para nós da imprensa nada muda. Fazemos as mesmas coisas, só que molhados.
Na verdade não é tão simples assim.
Desde o nosso deslocamento fica mais complicado e os pontos de tomada de imagens devem ser revistos, afinal tomar banho de lama no equipamento não é muito bom. E fica caro depois.
Ainda tem que se considerar que um competidor pode escapar em pontos que normalmente esse não seria o caso.
As médias de velocidade ficam menores. Mas curvas que normalmente seriam (do ponto de vista do fotógrafo) sem graça, ficam até perigosas.
Na chuva com lama pista extremamente lisa é melhor optar por usar uma tele mesmo, bem de longe.
Aqui nessas imagens usei a maior parte do tempo na câmera principal uma 800 mm, e na segunda câmera, usei uma 300 mm. Menor porém segura. Nada de grande angular 10-20.
Aí fui obrigado a sair do meu estilo “quanto mais perto melhor”. Essa máxima vem do fotojornalismo, de quando se faziam fotos com a famosa lente 50mm, conhecida como a “cinquentinha” pelo pessoal do meio. (50tinha).
Eu sempre procuro usar a 10-20 por ser uma imagem mais impactante no sentido da perspectiva isométrica da imagem. Ela faz com que o observador siga as linhas da composição, e são linhas imperceptíveis de outra maneira.
Elas estão o tempo todo na nossa vida e é tão comum que nem nos apercebemos delas. Um exemplo delas? O quadro da santa Ceia, Todas as linhas convergem para o testa de Jesus. Tentar imitar o mesmo que os grandes mestres fizeram em suas obras de arte, em uma foto de um carro passando rápido, é bem divertido. Mas exige muita técnica e estudo.
Minha dica? Estude, pesquise e seja curioso.